terça-feira, 13 de abril de 2010

Guerreira de Paz - Atena


"Atena é a deusa grega da sabedoria, do ofício, da inteligência e da guerra justa.
Zeus apaixonou-se por Métis, tendo sido ela sua primeira esposa. Contudo, foi advertido pela sua avó Gaia, de que Métis lhe daria um filho e que este o destronaria. Amedrontado, Zeus engoliu Métis. Todavia, era tarde demais pois Métis estava já grávida e prosseguiu a sua gestação dentro da cabeça de Zeus.
Um dia, Zeus sentiu uma forte dor de cabeça, e Hefesto, deu-lhe uma machadada na cabeça, de onde Atena saiu já adulta com elmo, armadura e escudo."

Já antes de nascer, Atena teve de aprender a lutar, mas pela sua sobrevivência, e desde então desenvolveu o seu espírito lutador e corajoso, sempre pronto a batalhar até ao final.
Talvez seja graças a ela que hoje em dia existem pessoas dispostas a lutar cada guerra com paixão, dedicação, esperança e força.
Claro que existem vários géneros de luta: uma que envolva armas e sangue derramado; outra que serve para sobrevivermos, como em camas de hospital; há ainda outra que envolve a nossa força e preserverança. Se não estamos dispostos a batalhar pela vida e felicidade, quem mais irá fazer isso por nós?
Nem todos possuem esse tipo de força interior, mas no fundo, todos somos lutadores por aquilo que nos interessa, por aquilo que importa, e não interessa se temos muita força, pouca ou menos do que toda a gente que conheçamos. Interessa é lutar por algo, por alguém, por uma causa. Lutar para causar impacto neste mundo, lutar para mudar as coisas.
Claro que há vezes, há dias, há situações em que devemos mesmo é baixar as armas, pedir tréguas, e baixar os braços.
Quando isso acontece, temos de virar costas e simplesmente caminhar para o lado oposto, em vez de ficarmos, porque se o fizermos, vemos tudo pelo que lutámos durante tanto tempo, tão arduamente, a ruir à nossa volta. Temos de saber quando desistir, ao enfrentar uma causa perdida.
A nossa batalha só pode ir até um certo limite; depois de o atingirmos, tem de ser outra pessoa a continuar essa tarefa, de maneira a conseguirmos manter-nos sãos.
Será que Atena sabia que ia ser um exemplo para algumas dezenas de pessoas notáveis ao longo da História da humanidade?
Como ela houve gente, que por sorte ou azar, abraçou causas, desejos, sonhos e foi capaz de lutar por eles, capaz de abdicar de muita coisa, capaz de esquecer outras coisas, até se concretizarem ou até já não poderem continuar a prolongar a sua batalha.
Será que Atena quis mesmo trazer a guerra ao mundo? Sabia que impacto ia ter? Acho que sim.
Acho que tentou motivar todos a crerem em algo, em pensarem que há algo mais para além disto. Algo em que podemos acreditar, algo em que podemos depositar a nossa fé, esperança e algo com o qual podemos sonhar até obtermos.
Atena serviu de exemplo desde o momento da sua primeira formação, dentro dos seus pais, e assim continuou até ao fim dos seus dias de guerra gloriosa.
O mínimo que lhe devemos por este imenso dom, é lutar, nem que seja um pouco todos os dias, pelos nossos ideais, convicções, pessoas que amamos, ou por algo que pode parecer insignificante. Se isso acontecesse, o mundo tornar-se-ia num local muito melhor com pessoas mais completas, capazes de encontrar paz, felicidade e talvez, uma melhor razão para viver.

Por Joana GTH

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