segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sono Divino - Morfeu


"Morfeu (palavra grega cujo significado é "aquele que forma, que molda") é o Deus grego dos sonhos.
Morfeu tem a habilidade de assumir qualquer forma humana e aparecer nos sonhos das pessoas como se fosse a pessoa amada por aquele determinado indivíduo."

Como são os meus sonhos? São a cores? São vívidos e reais ou confusos e desfocados?
Não sei...É que são já tantos que não os distingo. Sim, eu sonho muito. O mal é de quem não sonha, não de quem sonha demais.
Vocês sonham? Têm ambições, fantasias que por vezes nunca se poderão realizar? Desenham metas a atingir e lutam para chegar lá? Não sei se acredito...
O problema é que me parecem todos muito monótonos, sem vontade de ver a vida a cores e sem vontade de sonhar com mais alegria. Para onde foram os vossos sonhos? Para onde foi a capacidade de adormecer e entrar noutro mundo cheio de felicidade? Para onde foi a criança interior que vocês costumavam alimentar? Nos sonhos tudo é possível, nos sonhos podem ser verdadeiros, podem ser tudo o que querem ou alguma vez quiseram ser.
Ainda se lembram da última vez que arriscaram alguma coisa? Da última vez que não jogaram pelo seguro, da última vez em que fizeram algo por impulso, pela paixão do desconhecido e pelo simples prazer de não conhecer todo o curso do futuro?
Habituaram-se à mesma paisagem durante o quotidiano, às cordas que vos amarram, aos fatos, às regras, à rotina... Desprendam-se enquanto é tempo! Sonhem, não tenham medo de sonhar!
Porque os sonhos não são só aquilo que nos preenche o tempo durante o sono. Não, os sonhos são o que faz o mundo girar. São as coisas que nos fazem ser os primeiros, fazem-nos ir além da linha imposta por todos. Fazem-nos ser melhores, fazem-nos ser livres.
E sem sonhos o que seríamos nós? Frios por dentro, sem ambição, sem amor para dar, sem alma para criar ou inovar. Sem sonhos, estaríamos perdidos.
Por isso sonhem! Sonhem sem medo, sem receio de se expandirem, de inventar. Sonhem como um dia já sonharam.
E não se esqueçam que no fim, haverá espaço e tempo para voltar a sonhar e para serem felizes!

«I have a dream» Martin L.K

Por Joana GTH

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Roubando razão para devolver felicidade - Cupido



"Filho de Vénus e de Marte, (o deus da guerra), andava sempre com seu arco, pronto para disparar sobre o coração de homens e deuses. Teve um romance muito famoso com a princesa Psiquê, a deusa da alma (primeiramente humana). Cupido encarnava a paixão e o amor em todas as suas manifestações. Logo que nasceu, Zeus, sabedor das perturbações que iria provocar, tentou obrigar Vénus a se desfazer dele. Para protege-lo, a mãe o escondeu num bosque, onde ele se alimentou com leite de animais selvagens. Cupido era, em geral, tido como benéfico em razão da felicidade que concedia aos casais, mortais ou imortais..."

Cupido tem muito que se lhe diga. Começando pela sua filosofia de vida, de "criar" amor em tudo o que se mexesse, fosse humano ou divino. Hoje em dia não encontramos muitos pseudo-cupidos. Até pelo contrário...Mas um dos factos mais bonitos da vida de Cupido é a sua história com a humana Psiquê. Reza a mitologia, que certo dia Vénus descobriu alguém tão ou mais belo que ela própria. Orgulhosa e arrogante com a sua beleza, que deveria ser única, Vénus não podia continuar a sua vida sem passar à frente desta alma que começava a transtorna-la, só por existir...ainda para mais sendo uma humana! Vênus pediu então ao seu filho Cupido, que trata-se de lhe atirar uma flecha certeira no momento em que a rapariga olhasse para o ser mais horrível do planeta terra. Apesar de contrariado, Cupido não quis desobedecer à sua mãe. Cupido desceu assim, mais uma vez, à terra dos humanos. Chegando ao quarto onde a jovem dormia, Cupido estancou...Ficou petrificado com a beleza facial e dos traços corporais de Psiquê. Apontou o arco e aproximou-se ainda mais (não para ter a certeza que acertava, pois Cupido tinha uma pontaria que não falhava, mas para contemplar melhor ainda a jovem). No calor da percepção que o atingia, Cupido, pela primeira vez (e única) na sua vida errou e acertou nele próprio. Voltou para casa e não conseguiu dormir por pensar em Psiquê o tempo todo. No dia seguinte pediu ao deus dos ventos que a fosse buscar e que a instalasse num palácio perto do Olimpo, onde nada faltasse. Cupido, um deus, não poderia ser visto com uma mortal, por isso teve estar sempre invisível ao pé dela. Certa noite, depois desse acto do amor, Psiquê, pegando numa vela, e aproximando-a de Cupido conseguiu vê-lo...e os seus traços jovens e belos fizeram com que ela se apaixonasse à primeira vista, sem precisar de qualquer flecha. Mas ao mover a vela deixou cair cera no braço do Cupido que ao tomar consciência da situação foge. Todo o palácio e afins desaparecem e a jovem humana volta para a terra dos humanos. Na terra, Psiquê não pensa em nada senão em Cupido...e no Olimpo Cupido pensa no tudo que é Psiquê. Cupido vai finalmente falar com Zeus, que desde logo se nega a deixar entrar uma humana na terra dos deuses. No entanto Cupido não desistiu e utiliza o elogio inteligente: Zeus, todo poderoso, capaz de fazer tudo, não podes transformar uma humana em deusa? Zeus sorriu, claro que era capaz...além do mais Cupido já o tinha ajudado muitas vezes e possivelmente ainda viria a precisar mais vezes dele. E assim foi, transformada em deusa (imortal), Psiquê tornou-se a deusa da Alma. E foi festejado o casamento em todo o Olimpo, mesmo por Vénus que nunca tinha visto Cupido tão feliz.
Fim. Reflexões? Nos dias que correm, podem entender o amor da altura, algo mais físico do que outra coisa. No entanto, na minha opinião é equivalente à procura da outra parte que temos hoje...Podemos estar agora mais próximos de algo belo, que se manifesta principalmente na alma...Mas o resto não pode ser ignorado. Até que porque o amor dá-se muitas vezes à primeira vista, exterior e interiormente.
Outro aspecto, que pode tirar beleza a esta história...que é o facto de Cupido ter levado com a própria flecha...Para mim esse pormenor é apenas um pormenor cómico, irónico se quiserem. Na minha história, bastou Cupido olhar Psiquê, para tudo se transformar dentro dele. Sejam cupidos e deixem-se, quando for o caso, atingir.

Por Diogo Garcia TH

sábado, 15 de maio de 2010

Consideram a vossa vida má?! - Orestes e Édipo





Se consideram a vossa vida má, uma confusão, uma desgraça, uma ironia ou mesmo um sarcasmo, primeiro têm de a considerar pior que a destes dois casos que vos trago...(para além dos casos mundiais de sofrimento devido à fome ou doenças graves ou ainda pobreza).
Orestes, à esquerda, viu o pai morrer, assassinado pelo amante da mãe. Já imaginaram? Duas pessoas que se amavam, amor do qual saiu um filho, separaram-se. Mas isso não bastava...a maldade neste mundo tem sempre mais uma carta na manga. Orestes, consciente que era o único a poder-se vingar da morte do pai, mata o amante da mãe...e a própria mãe. Depois veio o remorso...Orestes viveu até aos noventa anos.
Mas Édipo, à direita, conseguiu ir mais longe...todos nós conhecemos essa expressão "complexo de édipo" (sonhos ou pensamentos que se dão no homem. Resumidamente é sonharmos que matamos o nosso pai para ficarmos com a nossa mãe.). Pois bem, Édipo foi afastado da família desde pequeno. Em caminhadas que fez encontrou o verdadeiro pai, que matou durante uma discussão.
Como se isto não bastasse, casa-se com a sua mãe, aparentemente sem querer...da qual tem quatro filhos...Quando estes descobrem a verdade as consequências são fatais: a mãe suicida-se, envergonhada; Édipo arranca os próprios olhos por ter vivido "cego" durante tanto tempo...
E agora? O que podemos nós mudar na nossa vida para termos um final, ou melhor para sermos felizes até um final feliz?

Por Diogo Garcia TH

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Escolham a vossa essência - Hades


"Hades (Άδης em grego), filho de Cronos e de Réia, irmão de Zeus e Posídon. Segundo a lenda, o poder de Hades, Zeus e Posídon era equivalente. Hades era um deus de poucas palavras e seu nome inspirava tanto medo que as pessoas procuravam não o pronunciar. Era descrito como austero e impiedoso, insensível a preces ou sacrifícios, intimidativo e distante. Invocava-se Hades geralmente por meio de eufemismos...Zeus, Posídon e Hades partilharam entre si o universo, Zeus ficou com o céu, e a terra, Posídon ficou com os mares e Hades tornou-se o deus do submundo."

Hades...escolheste ser temido e odiado
em vez de venerado e adorado.


Hades escolheu ser solitário. Escolheu a solidão. Mais um igual aos outros. Um facto triste é que para amar uma mulher teve de a raptar. Onde nos pode levar o desespero? Hades era temido. O seu nome era medo para todos. Faz-me lembrar as pessoas que são capazes de desaparecer da nossa vida da mesma forma que apareceram, a capacidade para se tornarem inimigos perfeitos, ou para simplesmente serem o que não são e vice versa num curto espaço de tempo.
Hades escolheu guardar um lugar triste: onde residem as almas dos mortos. Raramente vinha ao mundo terreno ou mesmo ao Olimpo...para quê? Afastou todos. Preferiu a solidão. Preferiu a companhia das obrigações, daqueles que tinham de lhe ir parar aos braços, e de uma mulher por ele raptada. Factos tristes. Todo um poder e vida entregue ao nada.
Também nós podemos escolher e fazer por ser Hades ou o oposto de Hades. A grande diferença é que um ser humano que escolha ser como Hades sofre muito mais...porque somos seres sociais, precisamos de amor, de emoção, de sonhos e objectivos, não nos bastará nunca a solidão, nem a capacidade para ficarmos sozinhos contra todos, sem ninguém do nosso lado. E ser-se mau? Espalhar terror? Ser-se temido? Eu temo algumas pessoas, e sei que, se não as temesse, era muito feliz. Para quê afastar as pessoas quando estas só nos colocam em cima da espiral especial que é a vida?
Teria-te puxado desse mundo obscuro Hades. Nem que só por uns momentos...todos nós temos a oportunidade de mostrar as reais portas a todos...mas só as abre quem quer.

Por Diogo Garcia TH

terça-feira, 13 de abril de 2010

Guerreira de Paz - Atena


"Atena é a deusa grega da sabedoria, do ofício, da inteligência e da guerra justa.
Zeus apaixonou-se por Métis, tendo sido ela sua primeira esposa. Contudo, foi advertido pela sua avó Gaia, de que Métis lhe daria um filho e que este o destronaria. Amedrontado, Zeus engoliu Métis. Todavia, era tarde demais pois Métis estava já grávida e prosseguiu a sua gestação dentro da cabeça de Zeus.
Um dia, Zeus sentiu uma forte dor de cabeça, e Hefesto, deu-lhe uma machadada na cabeça, de onde Atena saiu já adulta com elmo, armadura e escudo."

Já antes de nascer, Atena teve de aprender a lutar, mas pela sua sobrevivência, e desde então desenvolveu o seu espírito lutador e corajoso, sempre pronto a batalhar até ao final.
Talvez seja graças a ela que hoje em dia existem pessoas dispostas a lutar cada guerra com paixão, dedicação, esperança e força.
Claro que existem vários géneros de luta: uma que envolva armas e sangue derramado; outra que serve para sobrevivermos, como em camas de hospital; há ainda outra que envolve a nossa força e preserverança. Se não estamos dispostos a batalhar pela vida e felicidade, quem mais irá fazer isso por nós?
Nem todos possuem esse tipo de força interior, mas no fundo, todos somos lutadores por aquilo que nos interessa, por aquilo que importa, e não interessa se temos muita força, pouca ou menos do que toda a gente que conheçamos. Interessa é lutar por algo, por alguém, por uma causa. Lutar para causar impacto neste mundo, lutar para mudar as coisas.
Claro que há vezes, há dias, há situações em que devemos mesmo é baixar as armas, pedir tréguas, e baixar os braços.
Quando isso acontece, temos de virar costas e simplesmente caminhar para o lado oposto, em vez de ficarmos, porque se o fizermos, vemos tudo pelo que lutámos durante tanto tempo, tão arduamente, a ruir à nossa volta. Temos de saber quando desistir, ao enfrentar uma causa perdida.
A nossa batalha só pode ir até um certo limite; depois de o atingirmos, tem de ser outra pessoa a continuar essa tarefa, de maneira a conseguirmos manter-nos sãos.
Será que Atena sabia que ia ser um exemplo para algumas dezenas de pessoas notáveis ao longo da História da humanidade?
Como ela houve gente, que por sorte ou azar, abraçou causas, desejos, sonhos e foi capaz de lutar por eles, capaz de abdicar de muita coisa, capaz de esquecer outras coisas, até se concretizarem ou até já não poderem continuar a prolongar a sua batalha.
Será que Atena quis mesmo trazer a guerra ao mundo? Sabia que impacto ia ter? Acho que sim.
Acho que tentou motivar todos a crerem em algo, em pensarem que há algo mais para além disto. Algo em que podemos acreditar, algo em que podemos depositar a nossa fé, esperança e algo com o qual podemos sonhar até obtermos.
Atena serviu de exemplo desde o momento da sua primeira formação, dentro dos seus pais, e assim continuou até ao fim dos seus dias de guerra gloriosa.
O mínimo que lhe devemos por este imenso dom, é lutar, nem que seja um pouco todos os dias, pelos nossos ideais, convicções, pessoas que amamos, ou por algo que pode parecer insignificante. Se isso acontecesse, o mundo tornar-se-ia num local muito melhor com pessoas mais completas, capazes de encontrar paz, felicidade e talvez, uma melhor razão para viver.

Por Joana GTH

O medo da entrega, o poder de se afastar - Circe


"Circe era considerada a Deusa da Lua Nova, do amor físico, feitiçaria, encantamentos, sonhos precognitivos, maldições, vinganças, magia negra, bruxaria, caldeirões. Com o auxílio de sua varinha, poções, ervas e feitiços, transformava homens em animais...ela era também a tecelã dos destinos."

A pobre Circe tinha tudo para ser feliz. Tinha poderes para conseguir mudar aquilo que menos gostava neste mundo, (algo que nós gostaríamos de ter, pois mesmo quando nos esforçamos para mudar algumas coisas que não gostamos, pouco ou nada conseguimos mudar realmente). Podia ter tudo. Podia ser feliz. Todavia, preferiu a solidão de uma ilha, que não partilhou com a família, amigos ou algum amor da sua vida. Não. A pobre Circe, como outros deste mundo terreno, preferiu não se entregar a ninguém. Em vez disso, transformava seres humanos (homens) em animais, tendo talvez a sua companhia, mas sem conversa, discussão produtiva, e manifestações de amor...Pobre Circe. Quem me dera poder estar frente a frente contigo, sem risco de virar cavalo, leão ou águia, e dizer-te para não teres medo de amar. Estar frente frente contigo e fazer-te sorrir, um sorriso que sai de forma autentica sem termos de pensar muito nisso. Mostrar-te que o caminho da solidão só serve para os filósofos, não para quem quer perceber um outro lado maravilhoso da vida.
Circe é como todos nós...temos tudo o que precisamos para sermos felizes, ou quase tudo, pois algumas coisas precisam de ser construídas (o que pode levar o seu tempo) outras corrigidas, e outras amadas.
Circe, como qualquer tu ou qualquer eu, ou qualquer nós, sabia o que precisava de fazer para ser feliz, as ferramentas que precisava...apenas cometeu o erro, (o erro que não gosto de ver ser cometido), o mesmo que erro que tu e eu e nós cometemos, preferiu não lutar, preferiu desistir, preferiu entregar-se ao mau sem sequer ter lutado pelo bom. Circe podias ter aprendido tanto comigo, comigo sendo português, sabias tu : que depois da tempestade, do sofrimento e dor, aparece-nos o Cabo Bojador? Ai Circe...mesmo nesses dias de céu cinzento, o sol está sempre lá, a brilhar por detrás das nuvens...
Circe não te devias ter fechado. Nem te devias ter afastado de quem te pudesse amar. Nem devias ter-te afastado do amor, quando este é real, e sério, e te faz bem, e te sabe bem...
Circe!, fizeste-me ficar triste. Quem me dera poder estar contigo e fazer-te mudar.

Por Diogo Garcia TH

quarta-feira, 31 de março de 2010

All you need is love - Vénus


"Vénus é a deusa do Amor, da Beleza e do Erotismo. O mito do seu nascimento conta que surgiu de dentro de uma concha de madrepérola, tendo sido gerada pelas espumas (considerada filha do Céu e da Terra). Noutra versão, é filha de Júpiter e Dione [...] Após o seu nascimento foi levada para as Honras ao Céu, onde os deuses ficaram extasiados de tanta formosura."

Bela ou não, nascida no mar ou não, a verdade é que nesse dia, o do seu nascimento, o mundo (mesmo antes de existirmos) ganhou o seu mais importante componente. O seu maior trunfo, o maior alicerce, melhor sentimento e aquilo que junta todas as pessoas: o Amor.
Essa pequena palavra de quatro letras tem um peso que esconde a sua constituição franzina.
Afinal o que é o amor para além de componente e palavra? Sei que não é quantificável, visto que é infinito e nem isso serve para o quantificar.
É tudo e nada, usando um lugar comum, é aquilo que nós fazemos na nossa relação com os outros e connosco.
É a amizade, a verdade, a tristeza, a ajuda e a solidariedade. É a doença da qual ninguém se quer curar, é veneno perigoso, às vezes fatal, é o néctar mais doce que podemos provar, é o que nos rodeia, é cada pormenor, cada gesto, cada sentimento.
Isto é bom de dizer, é até talvez bonito, mas não ajuda em nada.
O amor não se vê (só às vezes), sente-se, faz-se, constrói-se. Está nas palavras, mas sobretudo nas acções. Está nos olhos, mas sobretudo nos corações.
Vénus, Vénus...sabias que ias originar isto? Séculos, milhares de séculos após a tua chegada e continuamos vendados, sem saber bem o que fazer com o presente que nos trouxeste.
Todos o procuramos, todos nos queixamos quando o temos, mas também nos lamentamos quando o perdemos.
E que tal uma pequena ajuda aos mortais que não são assim tão brilhantes para o conseguirem controlar como tu?
Que tal desceres do teu lugar divino para orientares as mentes e as almas dos pobres humanos que ainda não perceberam que a única coisa que os mantém vivos, é também aquilo que os vai matando aos poucos, e que têm de aprender o seu equilíbrio.
O amor é paciente, mas exigente. Exige pouco ao início, até que vai crescendo e pedindo cada vez mais de cada um, até chegarmos à exaustão, acabando por esquecer como ele era bom antes de ser tão trabalhoso.
O amor é bonito mas só quem tem os olhos bem abertos é que vê que também é feio, mostrando tudo o que está errado nas nossas relações com quem amamos.
Porque é com esses que somos mais injustos, mais exigentes (lá está, o Amor causa isso!) e por vezes, é a esses que damos menos valor, quando devíamos dar mais. Porque são esses que estão lá para nós, nos bons e maus momentos, na felicidade, no desespero, na saúde e na doença. Esses são os verdadeiros, e fazem parte de nós, tal como o Amor, que ocupa uma percentagem de todos os corações que batem no planeta Terra.
E no fim de contas, se virmos bem, o Amor, é mesmo tudo o que acabamos por precisar...

Por Joana GTH